Os
embaixadores dos EUA e do Reino Unido na ONU afirmaram que os aspectos técnicos
do relatório - tipo de foguetes usados no ataque, suas trajetórias e a
qualidade do sarin empregado - provam que só o governo teria a capacidade de
lançar esse tipo de ataque em larga escala.
Segundo o
governo americano, o ataque de 21 de agosto deixou mais de 1,4 mil mortos, incluindo
centenas de crianças. Mas as agências de inteligência da França e do Reino
Unido, bem como a organização Médicos Sem Fronteiras, apontam um número bem
menor de mortos.
Ao principal
órgão da ONU, o chefe da organização afirmou que testes feitos com amostras de
sangue retiradas de 34 de 36 pacientes com sinais de envenenamento comprovaram
a exposição ao sarin. De acordo com Ban kimoon, “85% das amostras de sangue
deram positivo para o gás sarin”, com as vítimas tendo apresentados sintomas
claros associados a esse agente, incluindo perda de consciência, falta de ar,
visão embaçada, inflamação ocular, vômitos e convulsões.
Por sua parte, os representantes de EUA, Reino Unido e França disseram
que só o regime de Assad pode estar por trás do ataque, apesar de o relatório
de Sellstrom não mencionar concretamente quem foi responsável.
A embaixadora, Samantha Power, que lembrou o
relatório preliminar dos serviços de inteligência dos EUA, destacou que as
armas utilizadas nesse ataque eram "profissionais" e ressaltou que a
qualidade desse gás sarin é "mais alta" que o usado por Saddam
Hussein em 1988.
Samantha Power ressaltou que enquanto está
claro, "em milhares de vídeos" de outros ataques, que as autoridades
sírias têm gás sarin, "não há provas" que a oposição disponha desse
tipo de arma.
Horário
Em
primeiro lugar, o horário do ataque está se confirmando: ocorreu na madrugada.
Isso
porque alguns dos que morreram estavam de pijamas. E sobreviventes disseram
terem sido acordados com as explosões no meio da noite, quando ainda estavam em
suas camas.
Cenas mostram
vítimas sendo lavadas, supostamente para desintoxicá-las.
Facebook
Pelos posts no Facebook, também é possível determinar a
hora do ataque com ainda mais precisão. Nas três principais páginas de grupos
de oposição sírios, a primeira menção de armas químicas é feita às 2h45 do
horário local (20h45 da terça-feira, no horário de Brasília).
Foi um relato da Comissão de Coordenação Ein Tarma
afirmando que "vários moradores morreram sufocados em casos ligados a
ataques químicos na região de al-Zayniya".
Dois minutos depois, às 2h47, o grupo Sham News Network
postou uma mensagem urgente, afirmando que forças do governo haviam atacado
Zamalka usando armas químicas.
O terceiro post, da rede de ativistas da oposição Comitês
de Coordenação Local, foi ao ar por volta das 2h55 com uma mensagem similar.
Sintomas
Entre os que aparecem
deitados no chão ou sendo tratados, nenhum parece ter sinais de ferimentos com
sangue ou lacerações. Mas há muitos que têm extrema dificuldade em respirar e
estão sendo auxiliados com máscaras de oxigênio.
Entre os que aparecem deitados no chão ou sendo tratados,
nenhum parece ter sinais de ferimentos com sangue ou lacerações. Mas há muitos
que têm extrema dificuldade em respirar e estão sendo auxiliados com máscaras
de oxigênio.
Vítimas nos vídeos
mostraram extrema dificuldade em respirar
Um
homem aparece se retorcendo e tremendo no chão, aparentemente tendo convulsões.
Várias outros homens estão em condições parecidas, espumando pela boca ou pelo
nariz.
Uma das vítimas cujo olho parece meio vitrificado e sem vida se destaca
por seu rosto, que parece quase congelado, suas pupilas aparentemente
contraídas – uma indicação de uso de gás tóxico.
Gás neurológico sarin
O sarin, uma das armas químicas
provavelmente utilizadas pelo governo de Bashar al Assad contra os rebeldes na
Síria, segundo a Casa Branca, é um poderoso gás neurotóxico descoberto na
Alemanha na véspera da Segunda Guerra Mundial e utilizado no atentado contra o
metrô de Tóquio em 1995.
É um composto organofosforado (composto orgânico degradável contendo ligações carbono–fósforo) na formulação [(CH3)2CHO]CH3P(O)F.
É um líquido sem cor e sem cheiro.
Além
da inalação, o simples contato com a pele deste gás organofosforado afeta o
sistema nervoso e provoca a morte por parada cardiorrespiratória. A dose letal
para um adulto é de meio miligrama. O sarin é inodoro e invisível.
Dor
de cabeça violenta e dilatação das pupilas são os primeiros efeitos deste gás,
que provoca convulsões e paradas respiratórias antes do coma e da morte.
O
sarin é geralmente espalhado por via aérea, mas também pode envenenar a água e
os alimentos, segundo o Center for Disease and Control Prevention (CDC), em
Atlanta.
Roupas
que estiveram em contato com o gás sarin podem contaminar outras pessoas até
meia hora após sua exposição, assinala o CDC.
A
fabricação do sarin é complexa e exige conhecimentos avançados de química. O
produto foi descoberto casualmente por químicos alemães que procuravam novos
pesticidas, em 1938.
O
nome sarin é resultado das iniciais destes cientistas: Schrader, Ambros,
Rüdiger e Van der Linde.
Bibliografia
Integrantes do grupo - 2ª série - Ensino Médio
Pedro Henrique Coura Renó
Lucas de Almeida Peres
Daniela Simeão de Carvalho
Ana Carolina Machado Siro
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