segunda-feira, 29 de agosto de 2011

Aditivos para concreto


Química ajuda a construir estruturas mais resistentes com maior rapidez

            Concreto capaz de moldar-se sem o usual processo de vibração, ou bombeado do solo a grandes alturas; ou então, argamassa nivelada sem necessidade do alisamento manual. Essas são algumas das utilizações mais recentes dessas misturas obtidas do cimento, possíveis apenas com o uso de aditivos oferecidos pela indústria química. Eles também geram, entre outros benefícios, a agilização dos processos construtivos e a economia de alguns de seus insumos, abrindo novas possibilidades arquitetônicas.

Existem inúmeros gêneros de aditivos para concreto e argamassa (ver quadro abaixo).



Eles podem favorecer a trabalhabilidade (termo referente às propriedades do concreto ou da argamassa no período de seu manuseio, antes do início do endurecimento); aumentar sua resistência; impermeabilizar; retardar ou acelerar a pega (início do processo de endurecimento).
E, de acordo com Alessandra Lorenzetti de Castro, integrante do Laboratório de Materiais de Construção Civil do Instituto de Pesquisas Tecnológicas, “concretos de alto desempenho somente são possíveis com o uso de aditivos”. Por “concreto de alto desempenho”, entenda-se: concreto com elevadas resistências, superiores a 50 MPa (um megapascal equivale à pressão de 10 kg/cm2).
Tal contribuição dos aditivos à maior resistência do concreto pode ser visualizada na Tabela 1, que mostra acentuada evolução desse quesito nos anos 70, e principalmente na década de 90, quando começaram a ser utilizadas, respectivamente, a segunda e a terceira gerações do gênero de aditivo hoje empregado em maior escala: os plastificantes.
Esses aditivos permitem reduzir a quantidade de água nas misturas de concreto, cuja trabalhabilidade geralmente exige esse componente em quantidade superior à necessária para a reação com o cimento. Mas, conforme explica Rubens Curti, supervisor técnico da Associação Brasileira de Cimento Portland (ABCP), a água que não reage tende a subir para a superfície e evaporar, deixando no concreto solidificado caminhos pelos quais podem ingressar agentes agressivos. “Mas, com aditivos, como policarboxilatos, é possível reduzir a quantidade de água”, acrescenta Curti.
            Isso permite obter concretos mais resistentes e, consequentemente, com novas possibilidades de construir vãos livres maiores e pilares mais finos, o que significa não apenas soluções estéticas mais arrojadas, mas também benefícios prosaicos, como a ampliação da quantidade de vagas nas garagens de edifícios.
 
Conclusão

            Utilizando aditivos no concreto usa-se menos água, economizando-se e deixando o concreto mais forte para a construção de edifícios, gerando construções que suportam mais peso por metro quadrado.

Texto de Antonio Carlos Santomauro e fotos de Cuca Jorge

Para saber mais:

http://www.quimicaederivados.com.br/index.php?sessao=reportagem&id=863&codigo_revis=506

Colaboração do aluno Lucas Santos Huang – 1º - Ensino Médio.

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